segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Catarina.

(primeiro livro da colecção Catarina Malye)

Eu tinha dito que falaria desta colecção, e faço-o agora. Catarina Malye é a protagonista desta série de livros escrita (muito bem, a meu ver) por Margarida Góis. Tal como muitos dos meus livros, este também me foi oferecido, quando tinha 12 anos e ainda não tina a maturidade suficiente para o entender com plenitude. Pois mesmo sendo apelidado de literatura juvenil, é adequado, e muito adequado à leitura por parte dos adultos! É uma reflexão crítica fabulosa do mundo actual, dos problemas sociais, dos dilemas políticos, do avanço da ciência e da problemática do crescimento em si. A personagem central é a princesa herdeira de um país fronteira entre o ocidente e o oriente, uma amálgama de culturas e credos, mas sob a ditadura de um  rei despótico, o tio da princesa, que espalha medo e receio pela população. A série começa quando Catarina tem 11 anos e se prepara para iniciar a sua educação formal de princesa herdeira, sucedendo um incidente neste primeiro livro que vai marcar a perda da sua inocência e o início das suas questões, na frágil barreira entre o certo e o errado e a consciencialização do clima que se vive no seu país de origem.
Estão editadas as três primeiras trilogias, cada uma com um tema central ("Primeiras Pedras", "Jovens unidos" e "Utopia e poesia") que se vai percebendo ao longo da leitura das mesmas, e que acompanha o crescimento da personagem principal em diferentes contextos.
Aconselho vivamente a leitura, pois mistura elementos de um policial com temas muito actuais, para além de ser muito diferente das habituais colecções juvenis, como o Harry Potter ou o Crepúsculo ( não que eu não goste, do Harry Potter, pelo menos!), desligando-se mais da fantasia e contando uma história que podia perfeitamente ser real, mas ainda assim com mistério e encanto. Acho que contribui para a formação dos jovens, ajuda-nos a ver para fora da nossa redoma diária e pensar em temas que porventura não abordaríamos normalmente. Pelo menos foi assim comigo quando comecei a ler a colecção na altura! :)

Boas leituras,

XO
Pixie

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