sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A nossa casa.


É linda, de tirar a respiração. Mas, como a maior parte das coisas belas, é de uma grande fragilidade. Tem de ser protegida, cuidada, amada. Como dois irmãos se amam, na pureza de uma infância que se prolonga.
Cuidada como um progenitor que quer o melhor para a sua cria. Protegida, como se nas nossas mãos repousasse segura.
Não me quero armar em moralista, porque como quase todas as pessoas que vivem em cidades, o nosso estilo de vida compreende um conjunto de factores sem os quais não podemos viver, devidamente integrados na sociedade: electricidade, água canalizada, indústria, tecnologia…no entanto, já existem tantas alternativas mais saudáveis para o ramo das energias, por exemplo, que não se justifica a quantidade de gases propulsores do efeito de estufa que são enviados para a atmosfera. E Portugal, digo-o com orgulho, é dos países pioneiros no mundo em energias renováveis. Porém, infelizmente, todos sabemos a força que a economia e dinheiro têm, e claro que não interessa a certos magnatas partir para este tipo de alternativas…uma pena, porque se esquecem do mais importante, as gerações futuras, que estarão altamente condicionadas pela poluição!
Depois, temos ainda um outro capítulo, o da razão do desenvolvimento científico. Para que é que queremos nós os achados da ciência, afinal? Para curar, para uma melhor compreensão da Terra para a sua gestão sustentável, para harmonizar o planeta, ou será para destruir, para criar guerra, que não só aniquila pessoas como esta nossa casa ( falo da energia nuclear)?
A meu ver, temos que parar, por muito que custe à nossa espécie, de nos colocarmos no centro de tudo. De achar que somos mais, que somos os “special ones” :P, que o mundo gira por nossa causa. Lembremo-nos que somos inquilinos recentes do planeta Terra, que provavelmente aparecemos devido a uma anomalia genética, isto para quem é adepto da evolução segundo Darwin, e eu sou. A sua perspectiva mudou muitos conceitos na sua época. Mas não o suficiente, talvez.
E como um outro fenómeno da Disney dizia: “Tu pensas que esta Terra te pertence, que tudo é um ser morto, mas vais ver…que cada pedra, planta ou criatura, está viva, tem alma e é um ser!”
Concluindo este tratado (eheh), temos o direito de chamar o nosso lar a esta esfera imperfeita, mas que é a única que possuímos. Façamos por merecer este direito.
(Bem, pode ser que daqui a algum tempo façam camaratas na Lua…mas eu não me candidato a ser a primeira a experimentar :D)


*Isto surgiu depois de ter saído do trânsito abismal de uma grande cidade, repleto de fumo e cinza =S



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