quarta-feira, 17 de novembro de 2010

The sea inside.


O mar, que me engole no seu abraço de fim de tarde, o início e o fim dos tempos. Arrasta consigo a tempestade que observo agora, poderosa como só a natureza pode ser, impetuosa e bela.
O mar é o meu sangue, parte da minha vista e das minhas gentes. Faz parte da minha memória cultural, das histórias à noitinha, da minha querida avó. É quase irónico, não é avó? Tanto amares quem tanto te roubou ao amor. Mas faz parte de nós, os que nascemos e perecemos aos seus pés embalados.
Existem os do monte, de costas vergadas pela gravidade, de sorrisos enrugados tão antigos como o próprio tempo, os que amam a terra onde se hão-de deitar um dia talvez. Nós somos os que o horizonte chama. Somos os do mar. Para sempre.

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